Ana Quintella - Diário íntimo
Titulo: Diário íntimo
Autora: Ana Quintella
Curadoria: Gabriela Toledo
12 fotografias na dimensão 32 x 48 cm
Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag 308 g/m 2
Técnica pigmento mineral sobre p apel algodão
Edição de 100 exemplares
A série “Diário-Íntimo” é um desdobramento do gesto da artista ao pôr a “câmera como espelho”. Trata-se, portanto, de uma série de autorretratos, como foram ""Femina virtutem"" (2017) e ""Meu corpo fugiu de mim"" (2015). Se em Femina virtutem o corpo autorretratado procurava uma interlocução com a natureza, desde ""Meu corpo fugiu de mim"", série em preto e branco, a busca é por intimidade. Diário- íntimo acontece entre quatro paredes, com uma lona ao fundo e poucos elementos: o corpo da artista, uma cadeira de madeira pintada de verde, tecidos transparentes, algumas cores, gestos e pouca luz. A artista está presente, mas resiste ao próprio ato de capturar o instante. Foge ao tapar, esquivar ou cobrir seu rosto, e opera o dispositivo fotográfico em velocidade lenta, de modo a acentuar essa tentativa de fuga de um ambiente de intimidade e confinamento. - Antonia Pellegrino
SOBRE A AUTORA:
Ana Quintella nasceu em 1967, no Rio de Janeiro, Brasil.
O corpo feminino em movimento é o elemento central da sua fotografia. Nas séries fotográficas de auto-retratos e retratos de mulheres, a artista visual procura representar o corpo em uma abordagem onírica e não erótica. Explora o dispositivo fotográfico com o objetivo de acentuar a intimidade, a leveza e a visualidade presentes na riqueza gestual das suas modelos.
Formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brasil e em Fine Art Photography pela New England School of Photography, Boston, EUA. A fotógrafa estudou História da Arte e da Fotografia na Harvard University Extension School, EUA. Realizou exposições individuais no Rio Design Center, no Rio de Janeiro, 1990; na Galeria Fotóptica, em São Paulo, 1990; no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, 1991; na Galeria Millan, em São Paulo, em 1996, entre outras. Participou das exposições coletivas Fotoriografia, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1991; V Colóquio Latino-Americano de Fotografia, Acervo Galeria Fotóptica, no México, em 1996; “Imagens em Concerto”, no Espaço de Fotografia do Porto, Portugal, em 2001; SP-FOTO 2016 e 2017, pela Galeria Biographica; “Natureza Concreta”, na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, em, 2017.
Integra, entre outros acervos, as coleções Galeria Fotóptica, Museu da Imagem e do Som São Paulo, Joaquim Paiva, Manuel Pitombo, Fernando Artério e Antonio Quintella. Em 2015, recebeu Menção
Honrosa no prêmio PX3 de La Photographie de Paris.